Nesta quarta-feira, de um céu ciano e um sol de 35°c, me desloco no coletivo rumo a Santos para resolver algumas pendências.
Moro em São Vicente, a primeira vila do Brasil, que no último dia 22 de janeiro completou 487 anos.
Nasci aqui em setembro de 1988, mas com pouco mais de um mês, meus pais voltaram para o Nordeste, morando em Arapiraca, Alagoas.
Se você é palmeirense talvez lembre-se remotamente dessa cidade.
Lá fica o ASA de Arapiraca, time que anos atrás derrotou o Palmeiras na Copa do Brasil e trouxe uma maré de azar inacreditável, mas isso é outra história
Bem, agora que o leitor está localizado, vou dedicar-me a proposta inicial desse post: mudanças.
Acredito que ao menos uma vez na vida você tenha enfrentado uma mudança.
Outras pessoas podem ter enfrentado mais: 5, 10, 20 mudanças.
Mudança é algo difícil de explicar e entender, principalmente quando você é criança e depende de seus pais.
Você cresceu em uma rua bacana, fez amizades, conheceu gente legal e nem tão legal assim, criou vínculos com o pessoal da escola, planejou o que fazer quando crescer.
Mas em um belo dia seu pai e sua mãe chamam você e seus irmãos e dizem: "Vamos nos mudar, não moraremos mais nesta casa."
Aí passa um filme na cabeça: o que será do futuro? E os meus amigos? E meus colegas da escola? E as brincadeiras?
Parece que chegou o fim do mundo e nada mais faz sentido.
Após morar quase 14 anos em Arapiraca, retornei para minha cidade natal, São Vicente/SP.
Nas primeiras semanas eu fiquei em casa, saía somente para ir a escola e ao retornar ficava em casa.
Meu irmãos, que são mais novos que eu, não ligaram muito para a mudança e fizeram amigos rapidamente, mas eu não, não havia aceitado por completo a mudança.
Como poderia confiar em pessoas que não conhecia?
Ficava me perguntando: pra que essa mudança?
Não entendia, que por questões econômicas, meus pais vieram para cá.
Mas anos depois descobri que havia outro motivo.
Minha mãe revelou que, quando pequenos, dizíamos que iríamos vir pra São Paulo por que aqui havia mais oportunidades.
Mas juro a você que não lembrava de dizer essas coisas na época.
Após o impacto do primeiro mês, dei-me por derrotado e saí de casa de manhã, para conhecer e brincar com o pessoal da rua.
Muitos ficaram surpresos, pois achavam que só havia duas crianças novas na rua e não uma terceira.
Assim os dias, as semanas, os meses, os anos foram passando e a mudança que ocorreu a 15 anos atrás me trouxe para uma época da minha vida que não poderia ter imaginado se ainda morasse em Arapiraca.
Hoje estou casado com a mulher da minha vida, Mayara, ao qual conheci nesta cidade de São Vicente, mas isso também é uma outra história que contarei em outra oportunidade.
Toda essa história me trouxe a reflexão de hoje, o medo da mudança.
O medo da mudança é uma das coisas que podem paralisar um adulto.
Pois quando chegamos numa certa idade, precisamos nos sentir seguros, saber que as coisas darão certo.
Esse medo da mudança as vezes pode levar ao que é chamado de Zona de Conforto
A Zona de Conforto é aquela situação em que você aceita as coisas como ela são, muitas vezes com medo que uma mudança posso tirar o pouco que já tem.
Mas isso muitas vezes causa aquele sentimento no futuro: "E se eu tivesse escolhido aquilo? Talvez não estaria assim."
Você já se fez essa pergunta?
Eu já fiz muitas vezes, em diversas situações.
Muitas delas trouxeram decepções, arrependimentos.
Talvez estivesse em um outro emprego, talvez estivesse em outro país, outras coisas que só posso imaginar, mas não sei se seriam reais.
Uma coisa é certa, escolher de ficar na Zona de Conforto é uma decisão.
Se quisermos que algo diferente aconteça, devemos abandonar a famosa Zona de Conforto.
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Moro em São Vicente, a primeira vila do Brasil, que no último dia 22 de janeiro completou 487 anos.
Nasci aqui em setembro de 1988, mas com pouco mais de um mês, meus pais voltaram para o Nordeste, morando em Arapiraca, Alagoas.
Se você é palmeirense talvez lembre-se remotamente dessa cidade.
Lá fica o ASA de Arapiraca, time que anos atrás derrotou o Palmeiras na Copa do Brasil e trouxe uma maré de azar inacreditável, mas isso é outra história
Bem, agora que o leitor está localizado, vou dedicar-me a proposta inicial desse post: mudanças.
Acredito que ao menos uma vez na vida você tenha enfrentado uma mudança.
Outras pessoas podem ter enfrentado mais: 5, 10, 20 mudanças.
Mudança é algo difícil de explicar e entender, principalmente quando você é criança e depende de seus pais.
Você cresceu em uma rua bacana, fez amizades, conheceu gente legal e nem tão legal assim, criou vínculos com o pessoal da escola, planejou o que fazer quando crescer.
Mas em um belo dia seu pai e sua mãe chamam você e seus irmãos e dizem: "Vamos nos mudar, não moraremos mais nesta casa."
Aí passa um filme na cabeça: o que será do futuro? E os meus amigos? E meus colegas da escola? E as brincadeiras?
Parece que chegou o fim do mundo e nada mais faz sentido.
Voltando para São Vicente
Após morar quase 14 anos em Arapiraca, retornei para minha cidade natal, São Vicente/SP.
Nas primeiras semanas eu fiquei em casa, saía somente para ir a escola e ao retornar ficava em casa.
Meu irmãos, que são mais novos que eu, não ligaram muito para a mudança e fizeram amigos rapidamente, mas eu não, não havia aceitado por completo a mudança.
Como poderia confiar em pessoas que não conhecia?
Ficava me perguntando: pra que essa mudança?
Não entendia, que por questões econômicas, meus pais vieram para cá.
Mas anos depois descobri que havia outro motivo.
Minha mãe revelou que, quando pequenos, dizíamos que iríamos vir pra São Paulo por que aqui havia mais oportunidades.
Mas juro a você que não lembrava de dizer essas coisas na época.
Após o impacto do primeiro mês, dei-me por derrotado e saí de casa de manhã, para conhecer e brincar com o pessoal da rua.
Muitos ficaram surpresos, pois achavam que só havia duas crianças novas na rua e não uma terceira.
Assim os dias, as semanas, os meses, os anos foram passando e a mudança que ocorreu a 15 anos atrás me trouxe para uma época da minha vida que não poderia ter imaginado se ainda morasse em Arapiraca.
Hoje estou casado com a mulher da minha vida, Mayara, ao qual conheci nesta cidade de São Vicente, mas isso também é uma outra história que contarei em outra oportunidade.
O medo da mudança
Toda essa história me trouxe a reflexão de hoje, o medo da mudança.
O medo da mudança é uma das coisas que podem paralisar um adulto.
Pois quando chegamos numa certa idade, precisamos nos sentir seguros, saber que as coisas darão certo.
Esse medo da mudança as vezes pode levar ao que é chamado de Zona de Conforto
A Zona de Conforto é aquela situação em que você aceita as coisas como ela são, muitas vezes com medo que uma mudança posso tirar o pouco que já tem.
Mas isso muitas vezes causa aquele sentimento no futuro: "E se eu tivesse escolhido aquilo? Talvez não estaria assim."
Você já se fez essa pergunta?
E se eu tivesse escolhido aquilo?
Eu já fiz muitas vezes, em diversas situações.
Muitas delas trouxeram decepções, arrependimentos.
Talvez estivesse em um outro emprego, talvez estivesse em outro país, outras coisas que só posso imaginar, mas não sei se seriam reais.
Uma coisa é certa, escolher de ficar na Zona de Conforto é uma decisão.
“Ninguém poderá predizer o que virá a acontecer, se tomarmos essa ou aquela estrada” — Elrond, O Senhor dos Anéis
Se quisermos que algo diferente aconteça, devemos abandonar a famosa Zona de Conforto.
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